Israel aceitou a nova proposta de um cessar-fogo temporário para o conflito em Gaza, confirmou a Casa Branca nesta quinta-feira. Poucas horas depois, o grupo terrorista Hamas disse que o plano "não atende a nenhuma das demandas do nosso povo, a principal das quais é o fim da guerra e da fome", acrescentando, contudo, que ainda estuda a proposta. Os detalhes do texto ainda não foram revelados. Porém, segundo o jornal israelense Haaretz, uma fonte de Israel familiarizada com o assunto disse que o plano incluiria o retorno de dez reféns vivos e 18 mortos em duas fases em troca de um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza.
"A resposta sionista, em essência, significa perpetuar a ocupação e continuar a matança e a fome", disse Bassem Naim, um alto funcionário do Hamas, à Associated Press. "No entanto, a liderança do movimento está estudando a resposta à proposta com total responsabilidade nacional".
Segundo fontes israelenses, a proposta americana, apresentada pelo enviado do presidente Donald Trump, Steve Witkoff, não inclui uma exigência para que Israel encerre a ofensiva militar e se retire do enclave palestino, mas observou que "o texto permitiria ao Hamas entender que o acordo poderia levar a um cessar-fogo de longo prazo na prática".
Fontes palestinas e árabes, igualmente envolvidas nas negociações, afirmaram mais cedo, antes da resposta do movimento islamista palestino, que o Hamas considerava aceitar o acordo, apesar das preocupações sobre a retomada dos ataques israelenses quando metade dos reféns for libertada.
- O Hamas não tem muita escolha e está encurralado devido à deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza e aos danos contínuos às suas finanças e capacidades de governança - disse uma dessas fontes ao Haaretz.
De acordo com o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, antecipou às famílias dos reféns no início do dia que havia aceitado a proposta americana.
Mais tarde, o gabinete do premier negou uma reportagem do Canal 12 que dizia que Israel se retiraria primeiro das áreas ao norte do Corredor de Netzarim. Também negou que o acordo de cessar-fogo define como a ajuda humanitária será distribuída no enclave palestino. Segundo o Haaretz, o texto menciona cooperação com a ONU, mas sem entrar em detalhes.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, não quis confirmar a informação sobre os detalhes do plano, afirmando apenas que as "conversas continuam e esperamos que haja um cessar-fogo em Gaza para que possamos devolver todos os reféns para casa".
- Se tiver que haver um anúncio, virá da Casa Branca: do presidente, de mim mesma ou do enviado especial Witkoff - disse a repórteres.
Negociações travadas
As negociações para um cessar-fogo que encerraria quase 20 meses de guerra falharam até agora. Apenas duas tréguas foram alcançadas desde o início do conflito: uma com duração de uma semana em novembro de 2023 e outra com duração de quase dois meses em janeiro, que Israel encerrou quando retomou seus bombardeios.
"A resposta sionista, em essência, significa perpetuar a ocupação e continuar a matança e a fome", disse Bassem Naim, um alto funcionário do Hamas, à Associated Press. "No entanto, a liderança do movimento está estudando a resposta à proposta com total responsabilidade nacional".
Segundo fontes israelenses, a proposta americana, apresentada pelo enviado do presidente Donald Trump, Steve Witkoff, não inclui uma exigência para que Israel encerre a ofensiva militar e se retire do enclave palestino, mas observou que "o texto permitiria ao Hamas entender que o acordo poderia levar a um cessar-fogo de longo prazo na prática".
Fontes palestinas e árabes, igualmente envolvidas nas negociações, afirmaram mais cedo, antes da resposta do movimento islamista palestino, que o Hamas considerava aceitar o acordo, apesar das preocupações sobre a retomada dos ataques israelenses quando metade dos reféns for libertada.
- O Hamas não tem muita escolha e está encurralado devido à deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza e aos danos contínuos às suas finanças e capacidades de governança - disse uma dessas fontes ao Haaretz.
De acordo com o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, antecipou às famílias dos reféns no início do dia que havia aceitado a proposta americana.
Mais tarde, o gabinete do premier negou uma reportagem do Canal 12 que dizia que Israel se retiraria primeiro das áreas ao norte do Corredor de Netzarim. Também negou que o acordo de cessar-fogo define como a ajuda humanitária será distribuída no enclave palestino. Segundo o Haaretz, o texto menciona cooperação com a ONU, mas sem entrar em detalhes.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, não quis confirmar a informação sobre os detalhes do plano, afirmando apenas que as "conversas continuam e esperamos que haja um cessar-fogo em Gaza para que possamos devolver todos os reféns para casa".
- Se tiver que haver um anúncio, virá da Casa Branca: do presidente, de mim mesma ou do enviado especial Witkoff - disse a repórteres.
Negociações travadas
As negociações para um cessar-fogo que encerraria quase 20 meses de guerra falharam até agora. Apenas duas tréguas foram alcançadas desde o início do conflito: uma com duração de uma semana em novembro de 2023 e outra com duração de quase dois meses em janeiro, que Israel encerrou quando retomou seus bombardeios.